"Mario de Miranda Quintana nasceu prematuramente na noite de 30 de julho de 1906, na cidade de Alegrete, situada na fronteira oeste do Rio Grande do Sul. Seus pais, o farmacêutico Celso de Oliveira Quintana e Virgínia de Miranda Quintana, ensinaram ao poeta aquilo que seria uma de suas maiores formas de expressão - a escrita. Coincidentemente, isso ocorreu pelas páginas do jornal Correio do Povo, onde, no futuro, trabalharia por muitos anos de sua vida. " leia tudo aqui: http://www.estado.rs.gov.br/marioquintana/
Algum tempo atrás, quando dava de cara com um texto falso atribuído a Mario Quintana, num blog ou site, eu logo escrevia um comentário avisando do engano. Hoje, geralmente, fico aborrecida, mas passo adiante.
É, acho que desanimei. São tantos os blogs e sites a publicar textos e poemas com autoria errada que seria uma tarefa de Hércules avisar a todos, sem contar que muitos nem se importam com isso, ou ficam ofendidos com a correção
Isso não acontece só com o Mario Quintana, mas ele é uma das vítimas preferidas.
Isso não acontece só com o Mario Quintana, mas ele é uma das vítimas preferidas.
É só abrir um livro dele para constatar: Quintana decididamente não era politicamente correto, não escrevia textos ou poemas sentimentais, tipo auto-ajuda.
Nas palavras do próprio Mario Quintana: " poesia é insatisfação, um anseio de auto-superação... por execrar a chatice, a longuidão, é que eu adoro a síntese. Outro elemento da poesia é a busca da forma (não da fôrma), a dosagem das palavras. " do mesmo site acima.
Dos milagres
O milagre não é dar vida ao corpo extinto,
Ou luz ao cego, ou eloqüência ao mudo...
Nem mudar água pura em vinho tinto...
Milagre é acreditarem nisso tudo!
Da indulgência
Não perturbes a paz da tua vida,
Acolhe a todos igualmente bem.
A indulgência é a maneira mais polida
De desprezar alguém.
Da discreta alegria
Longe do mundo vão, goza o feliz minuto
Que arrebatastes às horas distraídas.
Maior prazer não é roubar um fruto
Mas sim ir saboreá-lo às escondidas.
Do mal e do bem
Todos têm seu encanto: os santos e os corruptos.
Não há coisa, na vida, inteiramente má.
Tu dizes que a verdade produz frutos...
Já viste as flores que a mentira dá?
Mario Quintana – Espelho Mágico.